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Agustina Comas, Conexão, Gabriela Mazepa, In.Use, moda reciclada, moulage, produtos reciclados, reciclagem, sustentabilidade
A cada temporada vestidos, calças, blusas e saias ficam órfãos nas araras. Uma cor ousada, uma modelagem que não ficou boa, ou a fabricação em grande quantidade são alguns dos motivos para as sobras de roupas. As confecções para manter o posicionamento de público da marca, em vez de doar, preferem amontoar o excessode produção em algum armazém, esperando alguma oportunidade de venda, jogar no lixo e até queimar. Pensando em novas possibilidade de criação a estilista uruguaia Agustina Comas, 30 e a brasileira Gabriela Mazepa, 29 resolveram agir. Cada uma tem sua marca e seu estilo, em comum elas têm o intercâmbio internacional e compromisso com a sustentabilidade. A roupa rejeitada renasce com novo significado.

Já Gabriela Mazepa têm a missão de não deixar rastros da função primeira da peça transformada. Diferente da In.Use, sua marca, batizada de Conexão, tem a sua disposição uma produção em escala industrial. Vencedora de um prêmio que o governo inglês promove em alguns países do mundo para estimular iniciativas de moda, a estilista conheceu uma empresaria do Sri Lanka, com a qual fechou parceria. O país é um grande produtor têxtil e fabrica para marcas mundialmente conhecidas., e ao contrário da fama é muito rigoroso com as questões trabalhistas. “Algumas empresas já tiveram muitos problemas no passado e hoje são rigorosas com o cumprimento das leis trabalhistas”. Desde a época de faculdade ela gosta de trabalhar as possibilidades da reciclagem de tecido. “Em Londres, surgiu a oportunidade de desenvolver coleções para reaproveitar os excessos. Trabalho basicamente com malha. É um quebra-cabeça criar um molde que seja adaptável a qualquer situação”, explica. A estilista optou por apresentar sua primeira coleção em um stand na última edição do Fashion Business e animou-se com a recepção dos clientes brasileiros. “Todo mundo se impressionou porque as peças são básicas. E a história por trás delas conta muito. Tive algumas marcas interessadas. Agora vou buscar clientes aqui na Inglaterra também”, avisa.
