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#Cancerland, Chanel, diversidade cultural, empoderamento, inclusão social, modelos veteranas, Ronaldo Fraga

O mundo da moda, antigamente conhecido por veicular e propagar padrões estéticos, praticamente impossíveis de se alcançar ou espelhar, vive tempos de mudança. Essa evolução se dá em uma sociedade mais exigente, consciente de suas especificidades e preocupada em evitar retrocessos de qualquer nível. Nas passarelas, a discussão de antigos estereótipos tem sido pano de fundo na luta por causas dignas.
Reunimos aqui marcas ou ações com manifestos diversos carregados discursos fortes que deram um show na quebra de estereótipos, empoderamento de minorias, além de serem amostras de representatividade:
Chanel – manifesto feminista
Em 2014, o estilista alemão Karl Lagerfeld apresentou em Paris, sua coleção primavera/verão 2015 para a Chanel, encenando uma manifestação feminista. Cartazes com os dizeres “Faça moda, não faça guerra!”, “Feminismo e não masoquismo!” foram desfilados pelas modelos/manifestantes em uma rua tipicamente parisiense, reconstruída especialmente para a ocasião sob o teto do Grand Palais.
Laboratório Fantasma Lab – representatividade
O Coletivo de amantes de arte urbana, teve em seu desfile de estreia, em 2016, um show de representatividade: A coleção Inspirada no mito de um escravo negro que foi levado ao Japão por um padre, e ali transformado em samurai, se chama “Yasuke”, nome dado também pelos negros samurais.
Simone Rocha – modelos veteranas
No desfile de inverno 2017 da grife na Semana de Moda de Londres, estavam ícones como Jan de Villeneuve, Marie Sophie Wilson, Cecilia Chancellor e Benedetta Barzini, provando que mulheres mais velhas podem, sim, estar em passarelas, capas e onde elas bem entenderem!
Ronaldo Fraga – causa transexual
Em seu desfile Outono/Inverno 2017, Ronaldo Fraga roubou a cena na maior semana de moda da América do Sul ao colocar 28 mulheres transexuais na passarela. A passarela foi improvisada no Teatro São Pedro, Centro de São Paulo. A atitude foi “um ato político”, disse Fraga.
Dana Donofree – câncer de mama
O desfile de 2016 da AnaOno Intimates em parceria com a #Cancerland, que colocou 16 mulheres que têm ou tiveram câncer de mama na passarela – muitas delas com as suas cicatrizes à mostra, em um verdadeiro ato de amor e autoestima. Dana decidiu criar a marca depois de perceber que o mercado não era compatível com mulheres como ela, que sofreram com a doença e passaram por cirurgias de remoção e reconstrução das mamas.
London Fashion Week – diversidade marca a semana Londrina de moda
O London Fashion Week, a semana da moda de Londres, levou a diversidade para as passarelas, com a participação de mulheres com deficiência. A participação se deu a partir de uma parceria entre a FTL Moda, empresa de novos talentos nas áreas de moda e modelagem, com a Fondazione Vertical, ONG italiana destinada a levantar para o tratamento de paralisia.
Doll Parts – Agência só tem modelos com deficiência
Quando trabalhava em um Centro de Reabilitação para deficientes, onde estava responsável pelo setor de fotografia, Kika de Castro percebeu o constrangimento dos pacientes perante a câmera. Foi aí que decidiu comprar acessórios de beleza, transformar o local em um estúdio de moda, e iniciar um projeto de terapia com base na imagem e nas fotos. Em 2007 montou sua própria agência, que hoje conta com mais de 80 modelos, todos com alguma deficiência.