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Introdução
Ler. Alguns verbos sinônimos adiante temos. Adivinhar. Estudar. Interpretar. Nenhum deles porém comporta consigo só do comum sentido que permeia quem percorre sua vista diante de letras as decifrando. Contudo tais significados igualmente são encontrados no principal. Digo melhor: têm a ver com a vulgar acepção da palavra cá discutida. Bem… Acerca do verbo ler e suas implicações podemos tentar com algumas inovações relacionar estas com aquele: pelo menos é minha tarefa por aqui.
Com as três palavras sinônimas cá postas mais a tema do que será tratado: leiamos as observações a seguir.
Observação 1.: Aos Livros Clássicos
Em uma de minhas conversas descobri que minha companhia no diálogo gostava de literatura portuguesa contemporânea. Respondi pois adiante que minha preferência, diferentemente da dela, recaía na literatura portuguesa também mas nas obras clássicas. Então ela me falou de sua predileção por Miguel Torga.
Miguel Torga: clássico?
Sei que nós perdemos a noção de literatura clássica. Portanto vamos assim relembrar tal citando nomes: Antônio Vieira, João de Barros, Luís de Camões, Dinis, Fernão Lopes, Gil Vicente, Mendes Pinto…
Resta-me fazer um convite de… Ler os textos clássicos. E principalmente.
Depois de Fernando Pessoa não podemos mais alguém clássico por enquanto considerar. Ao menos na literatura de Portugal.
Observação 2.: Das Leituras Difíceis
Boas leituras são passíveis de serem lidas. Portanto não existem leituras difíceis. Existe sim gente difícil que quer ter qualquer motivo bobo para não ler. E bem.
Quanto mais se lê menos se tem leitura difícil.
Mas precisamos nos esforçar? Ora! Por qual vida não se tem esforço?
Temos que mudar o título nesse caso deste pequeno texto para: “Das Leitoras Difíceis” (exclusivamente dedicado para quem lê Bianca, Sabrina, Clotilde… Livros por sinal bons: muito bons).
Observação 3.: Os Enfeites São… Livros!
Diversas pessoas já foram a várias casas onde se pode contemplar uma biblioteca bem fornida de muitos livros. É de notar que são bem encapados, bem limpos e…  Bem guardados. Expostos às vistas só como decoração então.
Meus livros estão bem gastos. Sujos de tão manuseados. Espalhados por todos os cantos de minha casa. Desarranjados enfim.
Observação 4.: Exagero de Quem Pretende Ler
Ler um livro por dia? Pode ser possível. Mas não viável. Compreender demanda tempo.
Toda devoção sabe: qualquer andor se carrega devagar.
Observação 5.: Leituras Acadêmicas
 Para se ter um diploma são feitas. Em verdade vos digo: nem leituras são!
Observação 6.: Uma Pessoa Lida
 Que maçada!
 Que nem eu.
 Dificilmente pode não aborrecer.
Observação 7.: Saber Enciclopédico
 Sem compreender os dados? Nada feito.
 Repito.
 Mesma coisa que nada se não compreender os dados.
Observação 8.: De Caber no Livro
 Nenhuma vida pode ser descrita por completo. Não há como pôr a realidade toda só por uma parte dela: nem com a benevolência das artes literárias e suas metáforas surpreendentes até.
 Contudo nunca pode ser desnecessária qualquer boa descrição. Na parte com sua pretensão de ser tudo nossa capacidade de perceber bem o que nos envolve se torna possível.
 Portanto discordo de Moreno quando diz ser o livro supérfluo. Se chama de “Conserva Cultural” tudo que não possibilita qualquer expressão espontânea discordo. Já sabemos de cor e salteado pelo clichê de que com os livros viajamos. Aprendi tanto neles que sem voltaríamos às cavernas.
 E ninguém me venha com Rousseau!
 Liberdade com os livros temos.
 Agora do termo “Conserva Cultural” posso não discordar de todo pois a palavra “Conserva” me remete para doces gostosíssimos!
Observação 9.: Público Ledor
 Não sabe ler em sua grande maioria.
 Conclusão
 Sem mais por enquanto. Nove que nem as Musas: provocadoras por excelência.
Imagens: montagem pessoal; Luís de Camões por François Gérard (detalhe); Anagram Bookshop; Camila Amaral na “Playboy” por outubro de 2005 (detalhe); Lost in Space and Time; Mundo das Tribos em “Mestrado e Pós-Graguação – Diferenças”; palmatória do blogue de Jorge Jansen; “A girl daydreaming during class” por Allan Grant; Nothing Exceeds Like Excess; “Apollo enjoying a good book” por Alix mais Amanda Jules; Confraria do Barão de Gourmandise